sexta-feira, 7 de maio de 2010

Francino

Mesmo sendo sensível e menininha, descobri que eu tenho cabeça de homem. Tudo bem que é um homem beeeeem feminino, mas é homem.
Tudo aquilo que os homens da minha vida fazem e não me agrada, eu sei como corrigir e sei o que eu gostaria. Tudo o que eles fazem e é do meu agrado, eu também arquivei na memória. Justo, normal, todo mundo que sabe o que quer é assim (tem aqueles que não sabem porque estão vivos, esses não contam). Mas não é isso. Não é abstrato, é real.
Um "Francino" bem apessoado, gentil, não grudento, limpinho, inteligente e sério, com bom-humor e que goste de conversar. E que goste de sexo, claro, de rock e de cozinhar. Eu na versão com vírgula!
O que me assustou foi algo inédito, perdi o controle do meu ser-mulher e momentaneamente, me senti com um baita pintão. Me peguei com pensamentos que não são os meus. Não são meus, esse ser com seios e útero. Mas são meus, esse ser com pêlos nas axilas e no bigode (que eu depilo com cera, sempre!)
Não eram pensamentos machistas, nem violentos, nem sobre futebol (não faz parte do MEU mundo, ok?) Pensamentos que só poderiam ter vindo de um homem. Que susto. Que revelação!
Estava num monólogo comigo mesma, filosofando sozinha sobre o assunto que eu iria postar no blog (ficou pro próximo post), na frente da TV. Tinha encadeado as ideias, estava pensando em coisas para incrementar. Um post sobre novas neuras, sobre a minha dificuldade em ter amizade com meninas, lalalá, e tchum, apareceu uma mulher pelada na tela. Imediatamente o meu cérebro apagou, continuei falando alguma coisa, mas só ouvia blábláblá e não conseguia parar de olhar os peitos da bendita moça. Daí a razão voltou: - Só pode ser silicone!
Decepção em saber que até o Francino deixaria meu papo de lado por um par de peitos...