quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Satânia, a mulher que transou com a luz do Sol

Visão tão sexy. Quantas mulheres se permitiriam ser lambidas pela luz? Quantos homens se permitiriam ser a luz que amou Satânia?
O quanto eu me desnudo, o tanto que você me conhece. O que eu me permito mostrar, o que você consegue desvendar. Sei que sou intermitente, como toda fêmea, tenho minhas fases. Sou humana, mundana, mudo de idéia. Mistério feminino, minha alma ainda é meu maior enigma.
Visualizo a luz que percorreu o corpo da mulher que Bilac imaginou. Imagino você me visualizando, de olhos fechados, tendo saudades, lembrando de como eu sou e o que você sabe sobre mim. Ao passar o tempo, as lacunas entre os peitos e a bunda vão sendo preenchidas não com imagens, mas com as minhas vontades, a minha voz, o meu cheiro, a textura dos meus cabelos, a cor dos meus olhos, as músicas que eu costumo ouvir no mp3, o cheiro do café que eu preparo para nós, no final da tarde, a posição que eu deito para dormir, o calor do meu corpo pela manhã.
Não tenha pressa. A luz de Bilac começou a desvendar Satânia pela ponta do pé. Temos tempo, continuarei aqui, nua para você, indefinidamente.

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