terça-feira, 15 de setembro de 2009

Clichês, mentiras repetidas até virar verdade.

Fiz trinta anos. Ouié. Muito melhor dentro da cuca, muito melhor resolvida, quase nenhum grilo, quase nenhum trauma. Medo de muito pouco, arrependimentos, quase nenhum. Inevitável escrever sobre Balzac. Claro que hoje sou muito mais experiente do que 15, 10 ou 5 anos atrás. Tantos "Não faço, não posso, não devo, não quero" se transformaram em minhas predileções. Tantas coisas que eu não podia conceber passaram a ser cotidianas. Disfarces, repressões, tabus. Caíram. Que gostoso deixar de lado as travas, as amarras (ops, amarras, as vezes, vão bem). Porém, sinto que este não é o meu auge. Não, ainda é muito cedo para iniciar o declínio. Preciso de mais uns anos para experimentar o que eu ainda não conheço, para me livrar dos poucos medos, para quem sabe, ter algum arrependimento. Não estou, ainda, no meu melhor momento.
Antes, preciso externar tudo o que me vai na alma, deixar o mundo saber, deixar essa cara de menina ir embora. Quando eu me ver mulher, aí sim, terei trinta anos. Ainda não. Ninguém acreditaria.

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