sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tantra

Saber a hora de parar é uma arte. Adicta! Falta pouco para perder o controle. Não seria nada mal, porém, o que viria a seguir? Sexo não é uma atividade generosa. Egoísmo autêntico, viciante, impossível. Diminuir o ritmo. Quase parar. A cadência da pélvis cessando. Apena a pulsação. Sinto, pulsa, dói, arde. Quase imóvel. Insuportável. Imploro mentalmente. Não por você, afinal, sexo é essencialmente egoísta. Tento saber o quanto posso aguentar apenas sentindo o seu coração bater dentro de mim. Tântrico. Respiro a sua respiração, você sorve o meu suor, o meu ar. Unidos pelo ritmo desencontrado de duas pulsações dissonantes. Aflição, calor, tesão. Vai, não consigo ficar sem, por favor!

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